pokerstars - Tento me animar com a seleção, mas me pego torcendo para a data Fifa acabar
O Brasil passeou em campo contra a Bolívia, na sexta. Mais do que o placar de 5 a 1 (venceu com Tite por 5 a 0), foi o desempenho, a desenvoltura, a beleza dos gols que acabaram por encantar a torcida — e grande parte da mídia.
Com os dois gols marcados na partida, Neymar se tornou o maior artilheiro da seleção, superando Pelé. Nem vou debater o critério e o quanto é herético colocar Neymar na mesma frase que o Rei, mas também é inquestionável que o atacante deitou nessa abertura das Eliminatórias.
Fernando Diniz, então, não poderia imaginar uma estreia melhor para sua incerta passagem no comando da seleção. Os amantes do Dinizismo comemoraram efusivamente o domínio não só da posse de bola, como do jogo, já mandando recados a Ancelotti e sonhando com a permanência do brasileiro.
Raphinha e Rodrygo também encheram os olhos e as esperanças da nação.
Mas não consigo. Não consigo ignorar a pessoa Neymar, o grande expoente dessa geração — que não conseguiu evitar, mais uma vez, associar-se a um político preconceituoso e perigoso, estrelando o chá revelação do deputado Nikolas Ferreira (!). Não consigo engolir a CBF (e o próprio Diniz), que não conseguiram evitar Antony até que fosse insustentável. Não consigo sequer me empolgar com uma Copa do Mundo com 48 times, aonde só não vai quem já morreu.
As reportagens dos colegas dão conta de que os jogadores estão felicíssimos com o novo treinador. Em Belém, dava para sentir que o amor estava no ar. E isso é ótimo.
Só não consigo. Eu tento, tento e acabo com saudades do futebol de clubes, torcendo para acabar logo a data Fifa. Me julguem.
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Opinião
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do pokerstars.
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