pokerstars - você quer ser feliz ou ter razão

Não sou adepta do Dinizismo. Nunca fui e resistirei a um dia me tornar.
Ontem, me peguei ligeiramente chateada com o gol do Brasil no finzinho da partida contra o Peru. O zero a zero reforçaria a minha tese de que Fernando não é isso tudo. De que a Seleção, por quem tenho dificuldade de torcer, não é isso tudo.
É normal que busquemos argumentos para reforçar nossas concepções preestabelecidas. É burro também.
Um tuíte do colega Leonardo Miranda definiu bem o que fazemos com Diniz — e, sinceramente, com a maioria dos técnicos. E pessoas.
"Muita preguiça do 8 ou 80 que envolve o Diniz: quando joga bem, é o Jesus na Santa Ceia da revolução do futebol anti-colônia, quando joga mal, é imprestável, amador e perdedor. Dois julgamentos extremamente equivocados que falam mais sobre essa burra dicotomia do JOGO."
Como eu me irrito com a pintura do Jesus revolucionário, corro logo para caçar argumentos que sustentem a tese do cara mediano sem títulos. Diniz, obviamente, não é nenhuma das duas coisas. Ninguém é.
Diniz é um cara acima da média com boas ideias, que, sim, ainda precisa se provar com canecos. Na seleção, especificamente, fez meia-dúzia de treinos e duas partidas contra adversários mais fracos. Venceu ambas. Uma bem e a outra mal. Por ora, é só isso que dá para analisar.
Estar errada sobre o treinador pode significar um novo expoente técnico brasileiro, algo de que carecemos bastante, e quiçá uma Copa do Mundo.
Não sei se essas coisas me farão feliz, mas certamente são melhores para a nação do que a tia aqui poder bradar: tá vendo, eu avisei que cês tavam exagerando!
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