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Que Gabigol ri, enquanto Zico está de cara fechada.

Que, por outro lado, o Galinho usa uma coroa, que Gabriel não tem — nem auréola.

A boa pergunta sobre a ausência da taça do Mundial de Clubes no colo de Zico.

Nada disso parece ser o ponto fundamental, perto do fato de Gabigol ter homenageado a si próprio no dia em que as homenagens deveriam ser ao aniversariante, o Flamengo.

Apenas ao Flamengo.

Zico é o contraponto. Postou foto de toda a sua família com o manto sagrado e agradeceu a seu pai, seu Antunes, por ter feito todos os irmãos rubro-negros. Também agradeceu por ter tido a oportunidade de "ajudar" em tantas conquistas.

Existe uma fabulosa ironia sobre os textos que homenageiam grandes figuras no dia de sua morte: Eubituário.

O sujeito, ao escrever o obituário, decide falar bem de si mesmo. Mais ou menos assim: "Lembro bem do dia em que nosso grande personagem aproximou-se de mim e disse: 'Fulano, você é bom!"

Ué, mas a homenagem não era ao falecido?

Neste tempo de redes sociais, todo dia é dia de homenagear a si próprio. Gigantesco equívoco desta nossa geração.

Pois no dia de dizer "Uma vez Flamengo, sempre Flamengo."

Gabigol preferiu postar um quadro que, em outras palavras, dizia:

"Uma vez Gabigol, sempre Gabigol!"

Zico agradeceu pela alegria de ser rubro-negro.