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Antes, uma bagunça, com dezenas de familiares e cartolas, as excursões passaram a contar apenas com jogadores e integrantes da comissão técnica. Com esta conquista, Scaloni postou-se diante de Lionel Messi, contou o que parecia uma proeza e pediu: "Precisamos de você."

O livro investiga o nascimento da expressão "Scaloneta." Remonta à década de 1990, quando o San Lorenzo uma equipe aspirante dirigida por Roberto Mariani, apelidada de "La Cicloneta". Referência ao apelido "Ciclón", do clube azul e rojo de Buenos Aires.

Descobriu-se que a primeira vez do uso de Scaloneta foi para a estreia da seleção sub-20, dirigida por Lionel Scaloni, no Torneio Internacional de Alcudia, na Espanha. "Em vinte minutos, arranca la Scaloneta", escreveu o perfil El Papá del Rocío.

Nasceu como ironia, virou sério com o passar dos meses, Ernesto Provitillo levou à imprensa com jeito popularesco, sem muita seriedade: "Percebemos que a equipe não tinha bom funcionamento, mas as convocações eram boas e Messi estava muito cômodo com Scaloni", diz.

Daí até a vitória em Doha, a história é contada com a emoção de um povo sem títulos por 28 anos e sem Copas do Mundo por 36. Há pecados, como comparar a túnica usada por Messi ao levantar a taça a Pelé carregado em triunfo com um chapéu mexicano.

Gustavo Díaz Ordaz, presidente do México na inauguração da Copa, teve seu discurso vaiado e deixou o poder seis meses depois. Era acusado de autoritarismo e praticamente extinguiu o direito à greve. Era diferente do Catar.

Assim como quem colocou o chapéu sobre a cabeça de Pelé foi a torcida, não o governo.

O bom livro "La Tercera" mostra parte da razão de a Argentina vir ao Maracanã como favorita contra a seleção de Fernando Diniz.

Dinizismo ainda é apenas uma palavra, que se aplica ao Fluminense, não à seleção brasileira.

Quem sabe isto mude nos próximos três jogos, como mudou a visão sobre "La Scaloneta."