O presidente do Inter, Alessandro Barcellos, afirmou em entrevista ao De Primeira que "tiraram na mão grande" do Colorado o título brasileiro de 2020. Ele contestou a anulação do pênalti de Ramiro no empate em 0 a 0 contra o Corinthians, na última rodada, que sagrou o Flamengo campeão em fevereiro de 2021 devido à pandemia de Covid-19.
'Nos tiraram o Brasileiro na mão grande': "Tem sido difícil no Brasileiro. Primeiro, porque nos tiraram o Brasileiro na mão grande, não vou deixar de registrar isso, isso ficou gravado e não é choro, é realidade, é fato. Até hoje não entendi como aquele pênalti foi anulado pelo VAR, os critérios mudam a cada dia, a cada ano, a cada jogo, e ali nós tínhamos um Brasileiro histórico em 2021 [Brasileirão de 2020]".
'É uma obsessão voltar a vencer o Brasileiro': "No ano passado, nós batemos o recorde de pontos, foi a maior pontuação do Internacional na história dos pontos corridos. O Palmeiras faz aquela grande campanha e a gente fica na segunda colocação, também com uma perspectiva de ter disputado o título com umas vitórias a mais. Então, nós estamos perto, é uma obsessão, por óbvio, voltar a vencer o Brasileiro."
Pênalti anulado contra o Corinthians
O empate por 0 a 0 entre Inter e Corinthians, no Beira-Rio, na última rodada do Brasileirão 2020, ficou marcado por um pênalti anulado de Ramiro via VAR e dois gols anulados.
Após cruzamento de Moisés, a bola bateu no braço de Ramiro, que deslizava pelo gramado, e o árbitro Wilton Pereira Sampaio marcou pênalti. Na revisão no vídeo, porém, ele voltou atrás na decisão.
No fim do jogo, o Inter ainda marcou com Edenílson, mas o gol foi anulado porque ele estava impedido na hora do passe de Patrick. Com o 0 a 0, o Flamengo ficou com o título, mesmo perdendo do São Paulo no Morumbi.
Confira outros trechos da entrevista de Alessandro Barcellos
Como foi o retorno de Coudet
"Quando a gente decidiu conversar com Coudet, fomos para a Argentina, passamos um dia e meio trabalhando em cima do elenco, a questão contratual foi em 10 minutos, a gente foi com o Departamento de Futebol, com todas as ferramentas que a gente tinha, o Coudet é um estudioso, conhecia o elenco, fomos passando um por um do elenco, avaliando os jogadores para ele dizer se encaixa ou não encaixa. Nós fomos muito claros de possíveis contratações e saídas, o Coudet é um cara que é muito bom de trabalhar quando você é claro com ele, desde o início ele foi taxativo que o grupo é bom, de qualidade, e que ele conseguiria adaptar seu modelo de jogo a esses jogadores. Isso vem acontecendo, os jogadores estão crescendo, se adaptando a novas funções, Alan Patrick está jogando um pouco diferente, o Vanderson está jogando muito diferente".
Jogadores sul-americanos no elenco
"Essa questão dos jogadores sul-americanos tem uma história bacana no Inter, com exemplos que deram certo na adaptação, temos equatoriano, chileno, mas também uma relação muito forte com Uruguai e Argentina, pelo clima, os costumes, a cultura, a proximidade. Eles chegam em 1h e pouco em casa quanto tem folga, essa adaptação ajuda muito, sem contar a grandeza do clube."
A contratação de Enner Valencia
É um jogador que antes da Copa a gente já tinha feito uma sondagem, ele tava vivendo grande momento na Europa, é um goleador. Voltamos a insistir em janeiro, ele não tinha tido ainda um acerto com seu clube e isso abriu uma brecha para apresentar um projeto pra ele. O Internacional acaba um campeonato difícil em segundo lugar, mantém o elenco, a comissão, e uma perspectiva em 2023 muito positiva. Você trabalhar sempre no limite de buscar inovações, coisas diferentes, isso faz com que a desvantagem competitiva da falta de receita nos coloque em equilíbrio pela inovação. O 'não' você já tem, para construir o 'sim' você precisa abordar, sondar, e o Enner e o agente dele foram sempre receptivos. A gente conseguiu fazer um trabalho importante."
'Rochet vai fazer história no Inter'
"O Rochet é mais um exemplo de convicção, temos que trabalhar em cima do que se acredita, é claro que vamos cometer erros, mas sem convicção você não consegue avançar. O Rochet era uma dificuldade, mas que foi se viabilizando ao longo do tempo, a gente só ouviu coisa boa do Rochet, inclusive fora de campo, sua liderança, sua empatia com a torcida, ele é um ídolo no Uruguai, é um goleiro que vai fazer história no Inter, já está fazendo e vai fazer."
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